Review: Um Lugar Silencioso

Terror é o gênero mais criativo do cinema. Por mais que Um Lugar Silencioso não deva ser rotulado de terror/suspense para não chegar expectativas do público habituado ao “terror moderno” com os Annabelle, Invocação do Mal e Sobrenatural da vida, é importante destacar que a premissa do filme é sufocante e angustiante. Ainda mais por trazer algo inevitável como problemática: o som.

Inclusive ao escrever esse texto, um arranhão na janela já me deu um puta de um susto.

Somente para contextualizar, a sinopse é de um futuro próximo (2020), porém apocalíptico, onde o mundo está atacado por criaturas cegas, porém com super audição, onde qualquer barulho (uma simples conversa) chama a sua atenção e decreta o fim de seu causador.

Sendo algo inevitável o ato que deve ser evitado, durante a sessão me veio novamente uma indagação que tenho feito durante esse complexo 2018: até quando vale sobreviver. Por favor, isso não é uma ode ao suicídio. O que trago nessa discussão é qual o limite da sobrevivência. Imagine nessa situação em que você não pode relaxar nunca, pois se roncar, se rir um pouco mais alto, se derrubar algo pesado ou frágil, se deixar água escorrer, enfim, coisas triviais, você morre. Até que ponto uma situação dessas vai trazer paz, momentos de felicidade ou gerar memórias positivas?!

Voltando ao filme, seria justo indicar o longa para mixagem de som, afinal os efeitos de amplificação e aumento do médio e grave apresentam aguçam a sensibilidade dos ouvidos do espectador. Tanto que ao sair da sessão, provavelmente você sentirá um incomodo com sons ambientes.

Posto isso, reforço que este é um filme pra assistir no cinema, uma vez que a experiência por demonstrar como o ser humano produz uma variedade de barulhos que chega a ser irritante.