Review: Yonder: The Cloud Catcher Chronicles

Yonder é, sem a menor sombra de dúvidas, o mais charmoso jogo do PS4/PC, talvez até o mais charmoso jogo do ano (ou pelo menos bem perto de Zelda), mas, possivelmente, esse também seja o seu maior defeito.

O jogo começa como várias aventuras do estilo. Após um acidente de barco, seu bonequinho aparece em uma ilha que, até onde eu entendi, é sua casa natal e ilha de destino do barco inicial. Aqui o seu objetivo é traçado. O Murk está contaminando a ilha e você deve eliminá-lo!

Não parece grande coisa, mas é o suficiente para demonstrar todo a graça do jogo, pois o tal Murk, na verdade, não chega a atacar o jogador, se mostrando como uma imensa bola de peido roxo que infesta o ambiente. Isso faz com que Yonder não tenha aquele esquema de combate que parecia estar se preparando para ter.

Nele, você deve, sozinho, brincar de fazendinha, criar itens maneiros, cuidar de animais selvagens que você pode domesticar, interagir com NPCs, achar amiguinhos. É coisa pra cacete, mas o objetivo principal ainda é encontrar pequenos espíritos e, junto com eles, combater o Murk.

Esse combater é bem “combater” entre aspas, já que você não chega a lugar com o negócio, só apertando um botão na frente da bola de peido e limpa o território do seu domínio.

Essa falta de um objetivo mais claro, aliado aos inúmeros objetivos secundários, faz com que Yonder perca um pouco do seu brilho quanto mais você joga. A falta de foco dele faz com que ele seja um Minecraft melhorado, mas um Breath of the Wild bem menor e sem tantas mecânicas.

Yonder: The Cloud Catcher Chronicles é um ótimo passatempo, mas que depende muito da sua imaginação e força de vontade para ir até o final. Eu mesmo fiquei muito mais focado na criação da minha fazendinha do que buscando uma forma de completar a missão principal.

Yonder é charmoso, cuidadoso, fofo e simpático, mas se você requer um pouco de ação e incentivo do próprio jogo para continuar, encarar um Zelda parece ser uma saída mais indicada.