Review: Superhot

Quando o assunto é jogos de tiro em primeira pessoa, a imagem de um soldado atirando freneticamente em um simulador militar deve surgir na mente de todo mundo. Anos de Call of Dutys, Battlefield e afins meio que tornaram todo o gênero em algo homogêneo, em que tudo parecia a mesma coisa (salvo algumas exceções).

Aí surge Superhot, game lançado para PC, que mostra ser possível fazer um FPS muito mais estratégico e emocionante, sem precisar de gráficos absurdos, armas gigantes e tiroteio desenfreado.

Respire fundo e puxe o gatilho

Superhot se passa em um mundo em que aparelhos de realidade virtual são comuns e sistemas operacionais não evoluíram além de um DOS sem vergonha. Um jovem recebe uma versão crackeada de um novo jogo chamado Superhot e começa jogá-lo.

Mesmo sem nenhuma instrução ou história, você vai atirando nos inimigos vermelhos e avançando estágios. O segredo do jogo é que tudo é congelado pelo tempo. Enquanto você não se movimenta, tudo fica parado. Isso permite que você analise bem cada um dos seus movimentos, estudando cada inimigo, a melhor maneira de atacá-lo e como evitar tomar um tiro na fuça.

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Apesar da premissa estranha, Superhot é uma das melhores experiências em um jogo de tiro que eu tive nos últimos tempos, já que, em momento algum, eu tive aquela vontade de dar um tempo pra “recarregar as baterias”.

Na questão de comandos, tudo é bastante fluido e funciona bem tanto no joystick (joguei com um DualShock 4 ligado no PC porque claro) quanto com mouse e teclado. É impressionante como tudo é tão divertido dentro de Superhot, dá gosto jogar.

Uma campanha na medida

Algumas pessoas poderiam ver no tamanho da campanha de Superhot algo contra o jogo, já que você pode concluir todos os estágios em, aproximadamente, 2 horas, mas isso é, na verdade, um trunfo do jogo.

Por ter apenas 2 horas, ele nunca fica “chato”. Você sente a história avançando em um ritmo interessante, sem ficar dando voltar para que você fiquei mais tempo com a cara na frente do PC. Ele é exatamente do tamanho que deveria ser e deixar permanente a impressão de que o jogo é maravilhoso. Porque sério, que jogo maravilhoso.

Eu não tenho mais o que falar a não ser que Superhot é realmente bom. Poderia falar sobre gráficos e todas essas frescuradas que só a galera que fica contando pixels e framerates se importa de verdade.

O jogo tem uma história até um pouco batida, mas interessante o suficiente pra não irritar e tudo é REALMENTE LEGAL DE JOGAR. Acho que isso é o que mais deveria ser levado em consideração. Se você puder, compre o game, se divirta e tente não ficar falando “SUPER. HOT. SUPER. HOT” depois. EU TE DESAFIO!