Streets of Rage 4 e como é bom dar socão no videogame
Durante anos, a ideia de um novo Streets of Rage parecia só um sonho de fãs de uma franquia e gênero que parecia estarem fadados a serem apenas uma lembrança. Eis que em pleno ano de 2020, o ano que o mundo parou, a SEGA, através da LizardCube lança Streets of Rage 4 que não somente honra o nome da série, como também é UM ARREGAÇO DE JOGO!
A Lizardcube fez nome com o remake de Wonder Boy: The Dragon’s Trap, chegando com total crédito para recriar todo o clima de pancadaria franca no meio da rua que Streets of Rage merece. O resultado é um Streets of Rage 4 com jogabilidade incrível, gráficos bonitos, trilha sonora maravilhosa e a certeza que a Sega tem um catálogo maravilhoso que está sendo redescoberto pelo público mais novo.
O mesmo jogo de sempre, mas com aquele gostinho de coisa nova
Se você já jogou qualquer Streets of Rage, com certeza vai começar o novo e saber exatamente o que te espera. Quando joguei pela primeira vez, logo de cara encontrei dois inimigos que estavam lá desde o primeiro game e que eu odeio com toda a força da minha alma: Donovan e aqueles punks cretinos que ficam dando carrinho na gente. Ali eu vi que ok, a LizardCube fez tudo direitinho.
E eu acho que essa foi a sensação ao longo de toda a campanha (é possível fechar o jogo em umas 5 horas). De familiaridade, mas sempre com alguma pitada de novidade. Desde os menus e fontes utilizadas, é tudo bastante similar, mas rolou uma modernização nos gráficos, que deixam de ser pixelados para adotar uma arte levemente caricata (o Axel tá TOIÇO), mas muito legal de se ver.

A trilha sonora também é de alta qualidade, mas confesso que quando vi a opção para tocar as músicas dos jogos originais, ativei sem pensar duas vezes e joguei com um sorriso no rosto. Essa foi a sensação em todos os momentos do jogo, até mesmo naquele chefe final cretino que te mata com um fio de vida.
A LizardCube poderia muito bem ter feito um beat ‘em up com visual retrô, umas músicas copiadas dos originais e é isso aí. Só que, mesmo tendo tudo o que foi feito antes como base, eles só usaram isso pra criar algo seu, que ainda não parece alienígena se comparado com os já clássicos games.

Acho que o melhor elogio que poderia ser feito para a LizardCube é esse. A impressão que dá é que o jogo parece ter sido feito pela mesma galera que fez os primeiros jogos. Tá tudo do jeito que deveria ser, e mais um pouco. É uma sequência que não tenta reinventar a roda só porque o último jogo tem 26 anos. Ele pega de onde parou, deu um mortal de costas e saiu correndo em direção ao horizonte.
Streets of Rage 4 em resumo
JOGA ESSA PORRA AÍ! Streets of Rage 4 mostra mais uma vez porque a série sempre foi mais legal que Final Fight E SEMRPE SERÁ!
